Mandala é uma palavra sânscrita que significa círculo, centro ou circunferência.
É um símbolo usado freqüentemente na meditação e outras práticas culturais.
Para Jung, na Teoria Analítica da Personalidade a
mandala simboliza o processo de individuação, da busca da auto-realização. Através
da criação das mandalas, podemos dar maior atenção e buscar compreender a
linguagem de nossa essência, cujo dinamismo reside no inconsciente. As mandalas
contêm e organizam energias do inconsciente numa forma que pode ser assimilada pela
consciência. Jung estimulava seus pacientes a criar mandalas e a dar asas à
imaginação de modo espontâneo .A utilização das mandalas tem seus aspectos
ritualísticos e religiosos e também pode ser empregada como um modo de
autodescoberta e de busca profundo do ser que habita em cada um de nós. Quando
criamos uma mandala, podemos compreender, por meio de seus símbolos, a nossa
identidade num determinado momento de nossas vidas. Por meio da expressão
gráfica, percebemos que no círculo desenhado expressam-se conflitos internos
que podem emergir por meio da mandala, produzindo uma descarga de tensão, que
pode vir a gerar no indivíduo um efeito tranqüilizante, efeito que também pode
ser experimentado pelo simples fato de traçar um círculo, dando à pessoa a
impressão de que esse círculo lhe outorga um lugar no espaço, trazendo uma
sensação de estar protegido.Para Jung quando o self, considerado o centro da
personalidade ou essência do ser, encontra expressão nesses desenhos, o
inconsciente reage reforçando uma atitude de devoção à vida. Ao trabalhar com a
mandala, podemos vivenciar momentos de grande expressão inconsciente que buscam
o equilíbrio na consciência e experimentam uma realidade mais harmônica e
significativa. Com a interpretação das mandalas é possível conhecer a
personalidade da pessoa que foi expressa por meio das linhas, cores, desenhos e
disposições utilizadas em sua elaboração.
Por tratar de uma forma projetiva de expressão, os conteúdos podem revelar aspectos da personalidade mais profundos e menos sujeito ao controle por parte de quem executa a mandala.
Por tratar de uma forma projetiva de expressão, os conteúdos podem revelar aspectos da personalidade mais profundos e menos sujeito ao controle por parte de quem executa a mandala.